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Vereador negou participação no crime e não sabe a quem atribuir mando |
Alex e Raphael foram detidos e acusados de participar do crime, mas tiveram a prisão relaxada e alegam inocência. A Polícia Federal e peritos federais devem entrar na investigação do caso. A defesa dos acusados acredita que uma perícia que será realizada no veículo usado no crime, provas produzidas pela defesa como mapeamento com geolocalizador, além de depoimentos colhidos devem inocentar o vereador e o sobrinho.
A estratégia da defesa é ligar o crime à operação Surugate que investiga a suposta contratação de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa de Alagoas e afastar hipóteses que ligue Neguinho Boiadeiro a Sandro Pinto, mas durante a coletiva Sandro Pinto se limitou a dizer não entender por que foi citado no processo e que não sabem a quem atribuir o crime. Sandro também diz temer ser alvo de 'queima de arquivo'.
A família deve investigar o crime paralelamente à polícia.
Relembre o caso
Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro, foi executado a tiros quando saía da Câmara Municipal de Batalha no fim da manhã do dia 09 de novembro de 2017. No dia do crime, uma enorme confusão e clima de guerra tomou conta da cidade. Um integrante da família Dantas, identificado como José Emílio, de 48 anos, foi atingido por um tiro no ombro direito, além dele, o policial civil Joaquim Lins Neto, conhecido como Pirauá e inicialmente apontado como segurança Neguinho, também foi baleado. Dias depois, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) emitiu nota negando que Pirauá fazia a segurança do vereador assassinado.
Em julho de 2018 a Polícia Civil concluiu o inquérito em que todos os indícios apontariam para crime de mando, mas a PC não apontou um mandante.
Meses antes, em fevereiro desse ano, os acusados de executar o vereador foram presos. Rafael Pinto e Maiquel Alves da Silva foram indiciados no inquérito, mas depois foram soltos e presos novamente em agosto, até nova soltura. Já o vereador Alex Sandro Rocha Pinto, Sandro Pinto (PMN), foi solto depois por meio de um alvará de soltura. A polícia descobriu que munição de propriedade do exército foi utilizada no homicídio e ainda há a possibilidade do crime ter relação como o esquema de servidores “fantasmas”, na folha da Assembleia Legislativa – caso que vem sendo investigado pela Polícia Federal, na operação Surugate.
O filho de Neguinho Boiadeiro, José Márcio Cavalcante, conhecido como Baixinho Boiadeiro está foragido desde a data do crime. Ele é acusado de ter atirado em José Emílio. Meses depois de ser considerado foragido, Baixinho gravou um vídeo e divulgou na internet alegando que a morte do pai poderia ter motivação política. Segundo ele, o pai tinha conhecimento de uma lista de funcionários fantasmas na ALE.
Baixinho também é acusado de matar Tony Carlos Silva de Medeiros, o Tony Pretinho, outro vereador de Batalha, morto a tiros na frente de casa um mês depois de Neguinho Boiadeiro,
O inquérito deste segundo homicídio também já foi concluído. A PC acredita que Baixinho Boiadeiro é autor do crime de Tony Pretinho e teve um mandado de prisão expedido pela Justiça, mas está foragido.
Fonte: 7segundos
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